Psicologia 4.0: quando a tecnologia trabalha a favor da saúde mental
- Daniel Barboza Salvador
- 16 de jun.
- 2 min de leitura
Seja na vida pessoal, seja no trabalho, vivemos um momento marcado por rápidas transformações digitais e pela intensa presença do meio on-line em nosso cotidiano.
Não é surpresa que a pandemia da Covid-19 tenha sido uma alavanca poderosa para essa centralidade tecnológica - o que impactou diretamente também o modo como cuidamos da saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas no primeiro ano da pandemia, os casos de ansiedade e depressão aumentaram em 25% no mundo. O dado escancarou a urgência de ampliar o acesso ao cuidado psicológico e a tecnologia surgiu como uma aliada poderosa. Foi nesse cenário que a chamada Psicologia 4.0 começou a ganhar força.
Conheça a Psicologia 4.0

A Psicologia 4.0 é uma abordagem que une os fundamentos clássicos da psicologia aos mais recentes avanços tecnológicos. Na prática, ela se apoia em três pilares principais:
1. Terapia online e aplicativos móveis Por meio de videoconferências ou plataformas de mensagens, a terapia online oferece acolhimento com mais comodidade e privacidade. Aplicativos de saúde mental também têm ganhado espaço, oferecendo recursos como meditação guiada, exercícios de respiração e monitoramento do humor.
2. Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA) Essas tecnologias permitem simular situações reais para ajudar no enfrentamento de fobias, ansiedade e estresse. Em um ambiente seguro e controlado, os pacientes podem praticar estratégias de enfrentamento e desenvolver habilidades emocionais com mais segurança.
3. Inteligência Artificial (IA) e análise de dados Algoritmos já são capazes de identificar sinais de alerta em falas e textos, como indícios de depressão ou risco de suicídio. Isso permite intervenções mais precoces e personalizadas, ajustadas ao perfil de cada paciente.
O que muda com a Psicologia 4.0?
Mais do que adotar novas ferramentas, a Psicologia 4.0 nos convida a repensar nossas práticas e formas de acolhimento. Ela amplia os horizontes do cuidado e abre novas possibilidades de conexão entre terapeuta e paciente.
No meu consultório, por exemplo, começamos neste ano de 2025 a utilizar o Óculos de Realidade Virtual no diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Com o uso da tecnologia, será possível aproximar o paciente de um ambiente mais próximo do seu cotidiano, o que promete mais assertividade na identificação dos sintomas.
Quer saber mais?