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Quais são os sintomas do TDAH?

  • Foto do escritor: Daniel Barboza Salvador
    Daniel Barboza Salvador
  • 6 de fev.
  • 4 min de leitura

Entenda os sintomas do TDAH que não podem passar despercebidos no dia a dia do consultório.


Em meio a tantas informações dispersas na internet, é essencial saber onde buscar dados atualizados e confiáveis sobre temas tão relevantes como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Se você é profissional da saúde, provavelmente conhece e utiliza o CID-10, CID 11 ou o DSM-5-TR. E quando falamos de TDAH, é nestes manuais que vamos nos fundamentar para constatar os indicadores neuropsicológicos que fecham os critérios deste transtorno.


Se você tem dúvidas sobre os sintomas do TDAH, confira as principais informações que você precisa saber, baseadas nos manuais de transtornos mentais.


O que é o TDAH?


O que é o TDAH?

Antes de apresentar os sintomas, é importante entender o que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. De acordo com o DSM-5, o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade.


A desatenção e desorganização envolvem dificuldades em manter o foco ou concluir tarefas, podendo incluir a aparência de não ouvir durante conversas. Já a hiperatividade-impulsividade se manifesta por meio de inquietação, incapacidade de permanecer sentado, interferência em atividades alheias e dificuldade de esperar sua vez - comportamentos que ultrapassam o esperado para a idade ou nível de desenvolvimento.


Como o TDAH se apresenta na infância?


Como o TDAH se apresenta na infância?

Na infância, o TDAH frequentemente está associado a transtornos de externalização, como o transtorno de oposição desafiante (TOD) e o transtorno de conduta. Mas ele desaparece na vida adulta? Não necessariamente. O transtorno costuma persistir, causando prejuízos significativos no funcionamento social, acadêmico e profissional.


O TDAH tem início na infância e o DSM-5 exige que vários sintomas estejam presentes antes dos 12 anos de idade. Como é natural que a lembrança da infância possa ter se perdido com o passar dos anos, é essencial obter informações complementares de outras fontes, como familiares e professores antigos.


E isso também vale para o diagnóstico, pois os sintomas precisam se manifestar em mais de um ambiente, como em casa e na escola ou no trabalho.


Quais são os principais sintomas do TDAH?


Quais são os principais sintomas do TDAH?

O DSM-5 define o TDAH por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento. Portanto, podemos classificar os sintomas em:


Desatenção


A desatenção manifesta-se por divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade em manter o foco e desorganização - não sendo fruto de desafio ou falta de compreensão.


Hiperatividade


A hiperatividade caracteriza-se por atividade motora excessiva - como uma criança que corre sem parar ou se remexe muito -, por falar em excesso ou não conseguir permanecer sentada. Em adultos, pode se traduzir em inquietação ou em comportamentos que esgotam outras pessoas.


Impulsividade


A impulsividade envolve ações precipitadas e sem premeditação, com alto risco de prejuízo - como atravessar uma rua sem olhar ou tomar decisões importantes sem avaliar as consequências. Pode incluir, também, intromissão em conversas ou dificuldades em postergar gratificações.


Como a Avaliação Neuropsicológica consegue identificar o TDAH?


Como a Avaliação Neuropsicológica consegue identificar o TDAH?

A avaliação neuropsicológica é um exame essencial na investigação do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, pois permite uma análise detalhada dos processos cognitivos e comportamentais do paciente. O diagnóstico clínico do TDAH muitas vezes se baseia em relatos subjetivos de pais, professores ou do próprio indivíduo, o que pode dificultar a compreensão do caso.


Por isso, a avaliação neuropsicológica é uma grande aliada, pois oferece uma abordagem mais objetiva, utilizando testes psicológicos padronizados que mensuram de forma precisa as dificuldades cognitivas e comportamentais associadas ao transtorno.


A atenção é uma das funções mais comprometidas no TDAH, e sua avaliação envolve a aplicação de diversos instrumentos para medir a atenção sustentada, seletiva, dividida e alternada. Testes como o BPA-2, o TAVIS-4 e o AOL são amplamente utilizados para mensurar déficits na atenção auditiva e visual. Já o D2-R e a tarefa de Dígitos do WISC ou WAIS avaliam a capacidade de concentração e a resistência à fadiga cognitiva. Além disso, a observação clínica é essencial para identificar sinais de desatenção, como dificuldade em manter o foco por períodos prolongados, perda do fio da conversa, pausas inesperadas ou respostas impulsivas.


Outro aspecto crucial na avaliação do TDAH é a identificação da hiperatividade e da impulsividade, que impactam diretamente a regulação comportamental do paciente. Para essa análise, são utilizados testes que avaliam as funções executivas, como o Teste de Trilhas A e B, a Torre de Londres, o Wisconsin Card Sorting Test (WCST) e o Five Digit Test (FDT). Esses instrumentos medem habilidades como controle inibitório, flexibilidade cognitiva, planejamento e memória operacional.


Como a Avaliação Neuropsicológica consegue identificar o TDAH?

Durante a aplicação dos testes, a observação clínica novamente se torna indispensável para captar sinais de impulsividade, como interrupções constantes, dificuldade em aguardar a vez e respostas precipitadas antes da formulação completa da pergunta. Pacientes hiperativos frequentemente demonstram inquietação motora, mudando de posição na cadeira, manipulando objetos incessantemente ou até mesmo se levantando sem motivo aparente.


Além da atenção e do controle inibitório, a avaliação neuropsicológica também é fundamental para o diagnóstico diferencial. Muitas condições podem se sobrepor ao TDAH ou coexistir com ele, tornando essencial uma análise abrangente do funcionamento cognitivo e emocional do paciente. Testes de inteligência ajudam a descartar déficits intelectuais que poderiam explicar dificuldades atencionais, enquanto a avaliação da memória episódica diferencia dificuldades de retenção de informações das falhas atencionais típicas do TDAH.


Habilidades acadêmicas, como leitura, escrita e cálculo, também são analisadas para identificar transtornos específicos de aprendizagem, que são frequentemente comórbidos. Além disso, escalas e entrevistas clínicas avaliam sintomas psicopatológicos, permitindo distinguir o TDAH de quadros ansiosos, depressivos ou do espectro autista, que podem apresentar manifestações semelhantes.


Dessa forma, a avaliação neuropsicológica não apenas confirma ou exclui o diagnóstico de TDAH, mas também oferece uma visão aprofundada do perfil cognitivo do paciente, orientando intervenções mais eficazes e personalizadas. A combinação de testes padronizados e observação clínica permite um diagnóstico mais preciso, diferenciando o transtorno de outras condições e garantindo que cada paciente receba o suporte adequado para suas necessidades.


Como os testes utilizados são padronizados e de uso restrito a psicólogos, é essencial que a avaliação seja realizada por um especialista em neuropsicologia, como eu.

Convido você a conhecer melhor o que é a avaliação neuropsicológica e como ela colabora para um diagnóstico preciso, clicando aqui.


Caso tenha dúvidas ou gostaria de levar um paciente para fazer o diagnóstico do TDAH, meu consultório está de portas abertas.





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