Sou médico(a) e tenho 2 minutos para olhar a Avaliação Neuropsicológica, o que preciso me atentar?
- Daniel Barboza Salvador
- 10 de out.
- 1 min de leitura
Na correria de um consultório cheio, muitas vezes o médico tem pouco tempo para analisar documentos extensos. É nesse cenário que a Avaliação Neuropsicológica se torna uma aliada: ela traduz em dados objetivos e linguagem clínica as funções cognitivas e comportamentais do paciente, auxiliando no diagnóstico e na tomada de decisão terapêutica. Mas, afinal, se o tempo é curto, quais são os pontos que realmente precisam ser observados?
1. O objetivo da Avaliação Neuropsicológica:
O primeiro item a ser lido é o objetivo. Ele explica por que aquele paciente foi encaminhado e o que se buscava investigar - suspeita de TDAH, acompanhamento de declínio cognitivo, impacto de lesões neurológicas ou dificuldades de aprendizagem, por exemplo. Esse recorte dá o contexto clínico que guiará a leitura dos demais resultados.
2. Conclusão:
Se houver apenas um minuto disponível, vá direto para a conclusão. Ela resume as principais hipóteses, resultados e correlações entre queixas clínicas, observação comportamental e testes aplicados. Em outras palavras, é onde está a síntese sobre o funcionamento cognitivo e emocional do paciente.
3. Recomendações práticas:
A maioria dos laudos inclui orientações de manejo ou encaminhamentos. Essa parte ajuda a direcionar a conduta médica: se há necessidade de acompanhamento com outros especialistas, suporte escolar ou intervenções psicoterápicas.

Resumo:
Leia o objetivo (contexto da investigação);
Vá para a conclusão (síntese diagnóstica);
Observe as recomendações (condutas práticas).
Em dois minutos, você terá um norte para compreender o quadro cognitivo do paciente e integrá-lo ao seu raciocínio clínico. E se tiver ficado com alguma dúvida, lembre-se de conversar com o neuropsicólogo responsável pela avaliação, tenha certeza de que ele responderá o que for preciso.






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