Acolher para tratar: como atender pacientes que precisam de suporte psicológico
- Daniel Barboza Salvador
- 5 de dez.
- 2 min de leitura
Imagine esta situação: você é um(a) profissional da saúde e acaba de receber em seu consultório um(a) paciente que apresenta uma série de queixas. Após a anamnese, você conclui que pode tratar algumas dessas queixas, porém, outras, você precisará encaminhar para um suporte psicológico. Você então procura a melhor maneira de explicar para ele/ela, no entanto tem dificuldades para conduzir esse diálogo.
Já viveu uma situação como essa? Então esse texto é para você.
Há uma parte fundamental da nossa formação profissional na área da saúde que pode ser deixada de lado por alguns profissionais: o cuidado humano.

Prova disso foi um vídeo que assisti recentemente: uma paciente de câncer, uma jovem mulher, reclamava sobre a total falta de tato de um médico que é visto por muitos profissionais e pacientes como um profissional de destaque na área…mas, sua experiência demonstrou que ele não possui habilidades para dialogar com o paciente de forma humanizada.
Quem nunca conheceu um(a) profissional assim?
Na faculdade, especializações e pós-graduações da Psicologia, aprendemos uma série de bases teóricas que nos auxiliam na condução diária. Mas, há uma frase fundamental que precisamos levar cotidianamente no “bolso”, uma frase que sintetiza o respeito e nos oferece respostas quando temos este tipo de dúvida:
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”
Carl Jung - Psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da psicologia analítica.
Ficou na dúvida de como abordar, com medo de como o seu paciente vai receber a frase “um suporte psicológico vai ajudar a resolver as suas queixas”? Lembre-se: seja uma outra alma humana.
Não há uma única resposta para te ajudar, mas há uma ferramenta da neuropsicologia que pode te auxiliar, chamada Avaliação Neuropsicológica. A avaliação é um exame realizado por um(a) psicólogo(a) especialista em neuropsicologia, com o objetivo de investigar e descrever o perfil cognitivo do(a) paciente.

Ou seja, você pode introduzir a sua conversa dizendo que conhecer a si mesmo, suas demandas físicas e psíquicas, é o primeiro passo para quem procura a saúde integral, e a avaliação neuropsicológica ajuda a conhecer possíveis alterações cognitivas associadas às desordens neuropsicológicas e outros transtornos de cada paciente.
Quem não gostaria de uma espécie de “manual de instruções” sobre o funcionamento da própria mente?
Acolher seu paciente como outra alma humana SEMPRE será uma boa opção.
Na dúvida, acolha e ofereça a avaliação como uma alternativa. Aproveite e conheça os neuropsicólogos e neuropsicólogas da sua região para saber indicar aos pacientes bons profissionais.
Caso tenha alguma dúvida, eu sou neuropsicólogo e atuo em Campinas (SP). Meu consultório está de portas abertas.






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