Luto: como viver o processo de forma respeitosa

O luto é um processo individual e inevitável, em que aprendemos a viver após uma perda. Essa perda pode ser de um amigo ou familiar muito querido, ou até mesmo de um emprego que você gostava muito, ou um término de relacionamento, etc. 

Esse processo inevitável vai acontecer com todos e todas nós, cada um vivendo à sua maneira. Há quem não consiga dormir à noite nos primeiros dias, quem se apegue à outras certezas para diminuir a dor da perda, quem procure centros religiosos, e por aí vai. 

Independente da cultura ou do país em que você viva, sempre haverá uma forma diferente para viver o luto: o católico vive diferente do espírita, assim como a cultura brasileira vive o Dia de Finados, já a mexicana vive o Dia dos Mortos. Procuramos conforto e respostas para dúvidas, e costumamos permanecer onde nos sentimos ouvidos e acolhidos. 

Porém, é preciso tomar atenção para a intensidade dos sentimentos e o tempo de perpetuação do luto. 

Se você sente angústia e parece que não vai suportá-la: é hora de procurar ajuda. 

Se você não consegue dormir há semanas: é hora de procurar ajuda.

Se você está há mais de 6 meses sem conseguir se concentrar no trabalho ou nas relações com outras pessoas: é hora de procurar ajuda. 

Procurar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra não deve ser motivo de vergonha ou fraqueza. Procurar ajuda é um sinal de amor consigo mesmo, de alguém que deseja viver - e viver feliz. 

Não existe uma única forma respeitosa de viver o luto, muito menos um único caminho: existem várias formas e caminhos complementares. Abraçar a religião não é (ou não deve ser) um impedimento para procurar uma ajuda médica ou especializada em saúde mental. Esses caminhos se encontram e se complementam. 

Você não precisa viver o luto sozinho(a).

Se você sente que a dor é angustiante, não hesite em ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV): disque 188 ou acesse https://cvv.org.br/ . 

Meu consultório também está de portas abertas para você. 

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